
A área plantada com feijão na primeira safra de 2025 sofreu uma redução significativa no Rio Grande do Sul, impactada pelas condições climáticas adversas e pela desvalorização do grão. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater-RS, apenas 11% da área inicialmente prevista para o cultivo foi efetivamente semeada.
A baixa recarga hídrica dos reservatórios e a queda nos preços do feijão reduziram a atratividade econômica da cultura, resultando em uma diminuição de 55% na área de plantio, que normalmente ocorre em lavouras irrigadas. Apesar da retração, os cultivos semeados apresentam bom desenvolvimento em algumas regiões. Em Santa Maria, 55% da área plantada está em fase de crescimento, 4% em maturação e algumas lavouras já começaram a ser colhidas. Em São Gabriel, a colheita foi antecipada e já alcança 10% da área.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a falta de chuvas em fevereiro impactou algumas áreas do estado, mas o Planalto Sul, principal polo produtor de feijão, manteve condições favoráveis. “O potencial produtivo é considerado aceitável, mas algumas lavouras foram impactadas pela estiagem e precisam de cuidados extras para mitigar as perdas por evapotranspiração”, informou a Conab em seu relatório da Safra de Grãos.
Atualmente, 55% da área cultivada no estado está em desenvolvimento, com a maioria das lavouras no estágio de floração e enchimento de grãos. Em fevereiro, as precipitações favoreceram a cultura, especialmente na região de Santa Maria e no município de São Martinho da Serra, onde a colheita já atinge 10% da área plantada. A produção média do feijão no estado deve ficar em 1.527 kg/ha, impactada pelos desafios climáticos enfrentados pelos agricultores.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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