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Uso de bioativadores de algas fortalece lavouras de milho contra pragas e doenças no Brasil

O Brasil, maior exportador de milho do mundo, enfrenta desafios crescentes na produção devido à cigarrinha (Dalbulus maidis), principal vetor de doenças como o enfezamento. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2024/2025 deve alcançar 119,8 milhões de toneladas, mas o número poderia ser ainda maior sem as perdas causadas por essas infecções.


A cigarrinha do milho, considerada um dos principais obstáculos à produtividade, é responsável por disseminar o complexo de enfezamento e raiado fino, doenças que comprometem significativamente o rendimento das plantações. “Esse inseto é difícil de manejar e impacta drasticamente a cultura do milho”, explica Samir Filho, coordenador de Desenvolvimento de Mercado da Acadian Plant Health (APH) no Brasil.


Buscando soluções para mitigar esses problemas, a APH, em parceria com a UNESP Botucatu, realizou estudos que comprovaram a eficácia do uso de bioativadores à base de Ascophyllum nodosum, uma alga marinha do Atlântico Norte. A aplicação do extrato da alga fortaleceu as plantas, ativando mecanismos de resistência a estresses bióticos e abióticos.


Os testes de campo realizados em 2023 e 2024 apontaram que o extrato resultou em maior vigor, redução do estresse oxidativo e aumento na produção de clorofila, resultando em lavouras mais produtivas mesmo sob condições adversas. Embora a solução não elimine diretamente a cigarrinha, fortalece a planta, tornando-a mais tolerante aos impactos das doenças.


De acordo com Samir Filho, o bioativador se torna um aliado estratégico para os agricultores, contribuindo para resultados mais consistentes. “Plantas mais robustas e com menor estresse oxidativo apresentam maior tolerância às infecções e melhores resultados de rendimento”, afirma.


A busca por alternativas sustentáveis e eficazes reflete o esforço do setor agrícola para manter o Brasil na liderança global da produção de milho, garantindo maior segurança e estabilidade nas lavouras.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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