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Real é a moeda que mais perdeu valor frente ao dólar em 2024, com alta acumulada de 25,62%

O real brasileiro lidera a lista de moedas mais desvalorizadas frente ao dólar em 2024. Até ontem, a moeda norte-americana acumulava alta de 25,62% em relação ao real, refletindo preocupações com a inflação, expectativas econômicas deterioradas e medidas econômicas controversas adotadas pelo governo Lula (PT). Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, o dólar atingiu a marca de R$ 6,32, gerando preocupação entre investidores.


Especialistas apontam que decisões equivocadas da equipe econômica, como o pacote fiscal apresentado em novembro, contribuíram para a rápida desvalorização da moeda. Desde o anúncio do pacote, o real acumula queda de 7,3%, com o dólar subindo de R$ 5,67 para R$ 6,12 até o dia 18 de dezembro.


A inflação é outro fator que preocupa. Projeções indicam que o IPCA encerrará o ano acima do teto da meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Atualmente, a inflação em 12 meses está em 4,87%, evidenciando uma economia aquecida, mas sob forte pressão inflacionária.


Enquanto o Federal Reserve (Fed) corta juros nos Estados Unidos, aumentando a atratividade do dólar, o Banco Central brasileiro tem elevado a taxa Selic para conter a inflação. A divergência entre as políticas monetárias agravou o cenário de desvalorização do real, que perdeu valor em quase todos os meses de 2024, com exceção de agosto e setembro.


Além do real, outras moedas também sofreram quedas expressivas diante do dólar, como o peso mexicano e a lira turca (ambos com 16%) e o rublo russo (15%). Em contrapartida, algumas moedas, como o dólar de Hong Kong e o rand sul-africano, registraram valorização.


O pacote fiscal, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, enfrenta resistência e desidratação por parte dos parlamentares, aumentando a incerteza no mercado. O nervosismo em torno das contas públicas e a condução da política econômica marcam um ano desafiador para o Brasil, com impactos diretos na moeda, na inflação e no custo de vida da população.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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