Na madrugada de domingo (24), um ataque de uma quadrilha especializada em furtos de cabos de energia paralisou uma das unidades da Arrozeira Pelotas, na BR-392. O crime gerou um prejuízo milionário, afetou as operações da empresa e deixou trabalhadores em pânico.
Conforme relatos, sete homens armados e encapuzados invadiram a fábrica por volta da 1h, renderam o vigia e 10 funcionários, que foram trancados em um contêiner. Um eletricista foi obrigado, sob ameaça de morte, a apontar os acessos à rede elétrica subterrânea. Durante cerca de quatro horas, os criminosos roubaram quilômetros de fios e cabos, danificando veículos e equipamentos.
A ação causou um impacto significativo: a empresa, quarta maior beneficiadora de arroz do Brasil, ficará com a unidade paralisada por pelo menos sete dias. Além disso, a Arrozeira Pelotas não conseguirá cumprir o prazo de entrega de 765 toneladas de arroz para os Estados Unidos.
Repercussão
O empresário Éverton Portantiolo destacou a sensação de insegurança:
“O nosso maior problema não será o prejuízo material, mas o trauma e o medo dos nossos colaboradores. Vamos ter que investir em segurança própria, pois nos sentimos desprotegidos.”
A Brigada Militar informou que o crime é o sétimo caso semelhante registrado neste ano em Pelotas, atingindo indústrias de diversos setores. O delegado Rafael Lopes, da Draco, afirmou que suspeitos foram identificados, mas detalhes não serão divulgados antes da conclusão do inquérito.
O comandante do 4º BPM, Paulo Renato Scherdien, ressaltou ações preventivas e investigações em andamento. Segundo ele, operações estaduais já fiscalizaram pontos de venda de materiais furtados em Pelotas.
O setor empresarial planeja uma mobilização para cobrar mais segurança na cidade. "Estamos sempre dispostos a colaborar, mas não vemos respostas efetivas das autoridades", afirmou Portantiolo.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Tradição Regional/Álvaro Guimarães
Foto: Reprodução
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