Os jovens atletas do projeto Remar para o Futuro voltaram aos treinos esta semana na sede Aníbal Vidal, no Centro Português 1º de Dezembro, em Pelotas. As sessões ocorrem de segunda a quarta e na sexta-feira, das 14h às 16h, com foco na formação e preparação física. O coordenador do projeto, Fabrício Boscolo, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), destaca o comprometimento dos instrutores e a dedicação dos atletas. "A equipe está totalmente imersa na responsabilidade, e os atletas têm seguido as rotinas de treino com entusiasmo e dedicação”, comenta Boscolo.
Atualmente, 15 atletas integram o projeto, sendo 11 na pré-equipe e quatro na equipe principal. Os jovens ainda não iniciaram os treinos aquáticos, e Boscolo explica que a equipe adulta já voltou ao lago, mas que os jovens só entrarão na água se as condições climáticas permitirem.
A retomada das atividades ocorre 15 dias após a maior tragédia na história do projeto, que em 2025 completa 10 anos. Em outubro, oito atletas e o treinador Oguener Tissot sofreram um acidente de van no Paraná, onde sete atletas, Tissot e o motorista perderam a vida ao retornar de uma competição em São Paulo. A tragédia abalou Pelotas, que vivenciou dias de tristeza e homenagens emocionadas.
O grupo, que não voltará a competir este ano, segue em um período de transição até 15 de dezembro, quando começa a preparação para o calendário competitivo de 2025. “Estamos focados em consolidar a equipe para o próximo ciclo”, afirma Boscolo, que também aguarda a liberação de um apoio de R$ 600 mil anunciado pelo Ministério dos Esportes.
Em meio à recuperação emocional, Boscolo relata que a maioria dos atletas mostra resiliência e segue direcionada ao desenvolvimento esportivo. "É o momento de unir forças e seguir em busca dos nossos propósitos coletivos. Aparentemente, as coisas estão caminhando muito bem”, conclui o coordenador.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Correio do Povo
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