O plantio de milho no Rio Grande do Sul atingiu 95% da área projetada para a safra 2024/2025, segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado na última quinta-feira (26). A semeadura, no entanto, avança de forma mais lenta nas regiões Sul e da Campanha, onde a implantação tardia e o plantio em safrinha, em áreas anteriormente ocupadas por milho, tabaco e feijão, retardam a finalização. A expectativa é de que o processo seja concluído ao longo de janeiro.
As condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras. Chuvas irregulares e temperaturas amenas contribuíram para manter a umidade do solo e melhorar a fotossíntese. Nas lavouras implantadas no início do período recomendado, o clima seco tem auxiliado na perda de umidade dos grãos, preparando-os para a colheita. Já em áreas de plantio tardio, produtores utilizam irrigação para garantir o enchimento dos grãos.
A colheita iniciou no Noroeste do Estado, atingindo 1% da área plantada. Apesar de a produtividade inicial ser levemente inferior às projeções, os resultados superam os da safra anterior. A expectativa é de que a operação se intensifique na primeira quinzena de janeiro, à medida que o clima contribua para a secagem dos grãos.
No campo fitossanitário, aumentou a presença da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), especialmente no Noroeste, afetando lavouras com híbridos mais suscetíveis. Em resposta, os produtores intensificaram a aplicação de inseticidas. Também houve crescimento na infestação da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), mas em níveis inferiores aos registrados na safra passada, exigindo monitoramento constante.
A Emater/RS-Ascar estima que o milho ocupe uma área de 748.511 hectares nesta safra, com produtividade média projetada de 7.116 kg/ha.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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