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Parte dos usuários relata retorno do X no Brasil após bloqueio determinado pelo STF

Na manhã desta quarta-feira (18/9), usuários da rede social X relataram que a plataforma voltou a funcionar no Brasil, apesar de estar bloqueada no país desde 30 de agosto, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ministro havia suspendido o funcionamento da rede e imposto multa diária de R$ 50 mil, inclusive para o uso de redes privadas como VPN.


A suspensão total foi determinada após a plataforma descumprir a ordem do STF de 28 de agosto, que exigia a nomeação de um representante legal no Brasil dentro de 24 horas. Em 31 de agosto, o X foi completamente bloqueado no país.


Na semana passada, Alexandre de Moraes bloqueou as contas do X e da Starlink no Brasil para garantir o pagamento das multas impostas à rede social. As empresas, ambas pertencentes ao bilionário Elon Musk, pagaram R$ 11 milhões da Starlink e R$ 7,2 milhões do X à União, o que levou ao desbloqueio de suas contas e ativos financeiros.


O retorno do X tornou-se o assunto mais comentado na manhã desta quarta-feira, alcançando o primeiro lugar nos trending topics da plataforma. A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) foi contatada e afirmou que não houve alteração na decisão do STF, e que os casos informados estão sendo verificados.


De acordo com o órgão, o aplicativo X foi atualizado há aproximadamente 15 horas, durante a noite. A atualização trouxe uma mudança “significativa” em sua estrutura, que passou a utilizar endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare.


“A mudança para o Cloudflare torna o bloqueio do aplicativo muito mais complicado. Diferentemente do sistema anterior, que usava IPs específicos e passíveis de bloqueio, o novo sistema faz uso de IPs dinâmicos que mudam constantemente”, diz a Abrint.

“Muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, tornando impossível bloquear um IP sem afetar outros serviços”, continua a associação.


O Cloudflare é considerado um proxy reverso em nuvem, utilizado por empresas para proteger e melhorar a performance de seus serviços online.


Segundo a Abrint, a atualização coloca os provedores em uma “situação delicada”. “Os provedores não podem tomar ações por conta própria sem uma orientação oficial da Anatel, pois um bloqueio equivocado poderia afetar empresas legítimas”, aponta a associação em nota.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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