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Menino hospitalizado em Torres escreve carta pedindo orações por mãe e avó que morreram após comer bolo

Uma criança de 10 anos, internada após intoxicação alimentar causada por um bolo consumido com a família em Torres, no Litoral Norte do RS, escreveu uma carta emocionada pedindo orações por sua mãe e avó, que morreram após o episódio. O menino endereçou o pedido a dois padres que celebram missas frequentadas por sua família.


"Querido padre Leonir ou Almo, quero pedir que minha mãe, dinda e vó descansem em paz. Que Deus acolha elas e dê a paz eterna. Eu não posso estar presente pelo motivo de estar hospitalizado ainda. Gostaria que fizessem uma oração por elas e por mim. Obrigado", escreveu o menino.


A carta foi entregue ao padre Leonir Alves, da Paróquia São Domingos, pelo avô do menino durante uma missa no último domingo (29). O religioso leu o pedido ao fim da celebração, mobilizando a comunidade em uma oração coletiva pela criança e suas familiares.


Dois dias após o recebimento da carta, na terça-feira (31), o padre visitou o menino no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. O garoto já havia saído da UTI e demonstrava esperança de voltar para casa em breve.


"Ele estava feliz por ter saído da UTI. Me disse: 'Só falta um remédio, daqui a pouco eu vou poder ir pra casa'", relatou o padre.


A criança também descreveu o dia do incidente: "Nós comemos o bolo e foi muito rápido. Em 15 minutos, começamos a passar mal", contou ao religioso.


Investigação e estado de saúde dos sobreviventes

Sete pessoas consumiram o bolo preparado por Zeli dos Anjos, de 60 anos, durante um café da tarde em família. Três mulheres morreram: Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos.


Zeli permanece internada na UTI do hospital, com estado estável, porém com complicações respiratórias. A criança segue hospitalizada, mas fora de perigo.

Exames confirmaram a presença de arsênio no sangue das vítimas. A Polícia Civil investiga as causas da contaminação e aguarda o resultado de laudos periciais que podem esclarecer se houve contaminação cruzada ou envenenamento.


O delegado Marcos Vinícius Veloso informou que, até o momento, não há indícios de desavenças familiares ou disputa por herança. A polícia já ouviu cerca de 15 pessoas, e Zeli será interrogada assim que tiver condições de saúde.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte e foto: GZH

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