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Investigação da tragédia no Paraná: falhas mecânicas na carreta podem ter ocasionado o acidente

Foto: Isabela Corrêa/NDTV


Nicollas Otilio de Lima Pinto, de 39 anos, é o motorista da carreta que tombou sobre uma van, resultando na morte de nove pessoas na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná. Ele relatou à polícia que o veículo apresentou problemas durante a viagem e passou por um mecânico duas vezes no domingo (20), dia do acidente.


O motorista de 39 anos prestou depoimento nesta terça-feira (22), por chamada de vídeo, conforme o delegado responsável pelas investigações, Edgar Santana.


À polícia, o motorista da carreta declarou que havia saído de Santos, em São Paulo, com a intenção de levar uma carga de 30 toneladas de peças de ferro para a Argentina. No entanto, no sábado (19), enquanto transitava pelo Paraná, a carreta começou a apresentar problemas.


O motorista disse ter parado o veículo assim que notou o problema. Um guincho da concessionária que administra o trecho o levou até um posto em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, onde o motorista disse ter acionado o dono da carreta.


No domingo (20), um mecânico consertou o veículo e Nicollas seguiu viagem. Porém, cerca de um quilômetro depois, o mesmo problema voltou a aparecer, afirmou o motorista em depoimento.


Novamente, conforme o relato, a carreta foi guinchada, desta vez para uma base operacional. O mecânico foi chamado de novo, mexeu no veículo e o motorista continuou a viagem.


Segundo o depoimento de Nicollas, ao se aproximar de trecho de serra, a falha reapareceu, momento em que perdeu o controle da carreta e bateu na van que transportava atletas do time de remo.


"Ele tentava engatar as marchas e algumas marchas terminaram não se encaixando. A partir daí ocorreu a perda do controle do veículo, um excesso de velocidade e, na sequência, um impacto na traseira da van", detalhou o delegado.

Conforme o delegado, o mecânico que mexeu no veículo será intimado para prestar depoimentos. A polícia aguarda o resultado de laudos para verificar se a causa do acidente foi, de fato, problema mecânico.


Dono da carreta também foi ouvido

De acordo com o delegado, o proprietário da carreta também prestou depoimento. Ele afirmou que contratou Nicollas de maneira informal e que foi a primeira viagem do motorista faria em favor do proprietário.


À polícia, o proprietário disse que todo problema mecânico era reportado a ele, que tomava as providências de procurar um mecânico, o que confirma a versão apresentada por Nicollas.


Apesar de ter sido a primeira vez que o motorista fazia uma viagem para o proprietário desta carreta, o delegado informou que, no depoimento, Nicollas esclareceu que em março tirou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria E, que permite que o condutor dirija veículos automotores de todos os tipos.


Segundo o relato do delegado, o motorista detalhou que já tinha habilitação para dirigir veículos de transporte de carga anteriormente e que trabalhou com eles em outras empresas.


Informações: G1

Redação Grupo Nossa Zona Sul de Comunicação

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