Um homem foi condenado na quarta-feira, 18 de dezembro, a 29 anos de reclusão pelo assassinato de sua ex-companheira, ocorrido em 7 de setembro de 2006, no Bairro Dunas, em Pelotas. O crime, que aconteceu na presença dos quatro filhos da vítima, foi considerado um feminicídio.
Na ocasião, o réu, então com 32 anos, invadiu a residência da vítima pela porta dos fundos e iniciou uma discussão com a mulher. Durante a briga, ele a agrediu fisicamente, e mesmo com as crianças gritando para que ele parasse, sacou um revólver e disparou contra a cabeça da mulher, que morreu no local. Após o crime, o homem fugiu e permaneceu foragido por quase 17 anos, sendo capturado apenas no ano passado.
De acordo com o promotor de Justiça Márcio Schlee Gomes, que atuou no julgamento, o crime foi cometido por motivo torpe, pois a vítima se recusava a vender o imóvel onde o casal morava, e foi praticado com um recurso que impossibilitou qualquer defesa. A vítima sofria constantes agressões do ex-companheiro, sempre resultando em lesões corporais. “Ela não esperava que, naquele dia, o ex-companheiro fosse feri-la mortalmente”, afirmou o promotor.
O julgamento acolheu a acusação de feminicídio com duas qualificadoras, embora o agravante não tenha sido aplicado, pois, à época do crime, a Lei Maria da Penha ainda não estava em vigor.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Ministério Público RS
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