Na manhã desta quinta-feira (8/8), o governador Eduardo Leite participou de um ato do Movimento SOS Agro RS, que reuniu centenas de produtores rurais na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. Durante a mobilização, Leite fez um apelo por soluções mais eficazes do governo federal para a recuperação do setor agropecuário no Rio Grande do Sul, destacando que as medidas anunciadas até agora são insuficientes para atender às necessidades do segmento.
Em seu discurso, Leite ressaltou o impacto das enchentes de abril e maio, além das repetidas estiagens que prejudicaram o Estado nos últimos anos. Ele criticou a disparidade nas políticas de incentivo entre o Sul e outras regiões do país, afirmando que o Rio Grande do Sul não tem recebido o tratamento justo no âmbito federativo.
“O tratamento dado ao Sul do Brasil, especialmente ao Rio Grande do Sul, é desleal e desequilibrado. Não estamos pedindo para tirar recursos de outras regiões, mas sim por um tratamento adequado ao Rio Grande, especialmente diante das calamidades enfrentadas. Não nos contentamos com o pouco que foi oferecido até agora ao Estado e ao agro gaúcho”, enfatizou Leite.
O governador também expressou a insatisfação do setor agropecuário com a Medida Provisória nº 1.247, recentemente publicada pelo governo federal. Segundo ele, a MP não resolve as questões críticas e sequer foi regulamentada, resultando em um processo lento e burocrático.
Leite destacou que as principais demandas do setor incluem a prorrogação das dívidas por 15 anos, com carência de três anos e juros de 3% ao ano, além de crédito para reconstrução, reinvestimento e capital de giro nas propriedades. Ele reforçou que o movimento SOS Agro RS não é partidário ou ideológico, mas sim uma expressão genuína das bases do agronegócio gaúcho, em busca de respostas e apoio para superar os desafios enfrentados.
A abertura do evento contou com a presença do vice-governador Gabriel Souza e dos secretários estaduais Clair Kuhn, Beto Fantinel, Ernani Polo e Ronaldo Santini, além de representantes de diversas entidades do agro. A mobilização incluiu ainda um “tratoraço”, com a chegada de tratores de propriedades rurais de várias partes do Estado, que simbolizaram a força e a união do setor em busca de soluções.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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