
A partir desta quarta-feira (12), entram em vigor as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos Estados Unidos, sem exceções ou isenções. A medida foi confirmada pelo porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, e atinge todos os parceiros comerciais do país, incluindo o Brasil.
“De acordo com suas ordens executivas anteriores, uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio, sem exceções ou isenções, entrará em vigor para o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais à meia-noite de 12 de março”, declarou Desai.
A decisão ocorre um mês após a assinatura da ordem executiva pelo presidente Donald Trump, em 10 de fevereiro. Mesmo com um recuo recente sobre uma possível tarifa de 50% para os metais canadenses, o governo americano manteve a aplicação do imposto para todas as importações.
O Brasil, segundo maior exportador de aço para os EUA, será diretamente impactado. O país vendeu 4 milhões de toneladas do metal para os americanos em 2023, representando 15,57% do total importado pelos Estados Unidos, ficando atrás apenas do Canadá, que forneceu 5,9 milhões de toneladas (22,7%). No alumínio, o impacto tende a ser menor, já que o Brasil ocupa a 14ª posição entre os exportadores para os EUA, com uma participação de apenas 0,78%.
Especialistas alertam que a nova tarifação pode prejudicar a produção e o emprego no Brasil, especialmente no setor siderúrgico. No entanto, avaliam que futuras negociações entre os países podem mitigar os efeitos.
Essa não é a primeira vez que Trump impõe restrições à importação de metais. Durante seu primeiro mandato, em 2018, ele já havia implementado tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, mas excluiu México e Canadá. O Brasil, na época, conseguiu um acordo para estabelecer cotas de exportação isentas da taxa. Em 2022, a medida foi revogada pelo governo de Joe Biden, mas agora volta a vigorar integralmente.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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