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Câmara de Vereadores de Pelotas recebe novas denúncias sobre o Pronto Socorro; depoimento de ex-médico está agendado

Na sessão ordinária desta terça-feira (10), a Câmara de Vereadores de Pelotas foi palco de novas e graves denúncias envolvendo o Pronto Socorro da cidade. O foco das acusações recai sobre a gestão e a operação da instituição, com documentos e relatos apresentados pelos parlamentares.


O vereador Anselmo Rodrigues (PL) trouxe à tona uma série de denúncias feitas pelo médico Diego Larangeira, ex-servidor do Hospital Pronto Socorro (HPS). Rodrigues, que apresentou documentos detalhados, afirmou que as acusações de Larangeira envolvem sérias irregularidades na realização de exames e procedimentos no PS. Larangeira encerrou seu vínculo com o HPS na metade de 2024 e, segundo Rodrigues, as denúncias incluem questões críticas relacionadas ao tratamento de pacientes.

Durante a sessão, Rodrigues, acompanhado pelo vereador Cauê Fuhro Souto (PV), detalhou a situação. Rodrigues criticou duramente o estado atual do Pronto Socorro e enfatizou a gravidade das alegações. "Em quase 50 anos de medicina, eu já vi coisas desse tipo e até pior, mas isto aqui é um escárnio. Tem gente debaixo da terra, tem gente com as pernas amputadas, tem criança que morreu por causa do escárnio que está acontecendo na saúde, dentro do Pronto Socorro", afirmou Rodrigues. Ele pediu que todas as informações fossem encaminhadas para a Polícia Civil, Justiça do Rio Grande do Sul, e também para a Polícia e Justiça Federal.


O vereador Cauê Fuhro Souto também se dirigiu à tribuna para relatar os crimes apontados por Larangeira. De acordo com Souto, o médico detalhou em um documento de seis páginas uma série de irregularidades, incluindo a falta de prontuários adequados e a gestão questionável de exames e procedimentos. "Ele [médico] relata que a Veridiana, que hoje é diretora do PS, não passou no vestibular de Medicina. A diretora e sua família têm vínculos com a Prefeitura e isso levanta sérias questões sobre a gestão e a capacidade de decisão", afirmou Souto.


Além disso, o vereador destacou uma denúncia específica sobre uma paciente que teria morrido devido a um atraso na realização de um exame crucial. Souto criticou a postura da diretora e do sistema de regulação do Pronto Socorro, alegando que as prioridades de atendimento estavam comprometidas.


Com as denúncias e documentos em mãos, os vereadores estão discutindo a possibilidade de integrar as informações em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) já em andamento ou estabelecer uma nova comissão para investigar as acusações. O presidente da CPI do HPS, Rafael Amaral (PP), informou ao site Espeto Corrido que o depoimento de Diego Larangeira foi agendado para a tarde desta quarta-feira (11), às 18h30min, com o objetivo de esclarecer as alegações e fornecer mais detalhes sobre as irregularidades denunciadas.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: O Bairrista


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