A situação no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se agravou com a recente saída de dois diretores da instituição. Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, que ocupavam cargos na diretoria de Pesquisas Econômicas, apresentaram suas demissões na semana passada. Além deles, até o final de março, Ivone Batista e Patrícia Costa, da diretoria de Geociências, também deverão deixar suas funções.
Essas demissões são atribuídas a um crescente descontentamento com a gestão de Márcio Pochmann, nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva. Pochmann, uma figura polêmica dentro do IBGE, tem enfrentado críticas principalmente pela criação da Fundação IBGE+, uma iniciativa que, segundo opositores, pode comprometer a autonomia e a eficiência das pesquisas do instituto.
A fundação, vista por muitos como uma organização paralela, é considerada uma ameaça à integridade do IBGE, especialmente em um momento crucial para a coleta de dados econômicos no Brasil. A decisão de Pochmann de implementar essa estrutura gerou um clima de insatisfação entre funcionários e membros da cúpula do IBGE, que temem que a nova fundação enfraqueça a liderança da instituição em suas pesquisas nacionais.
A saída dos diretores reflete uma crise interna que pode afetar diretamente a qualidade e a continuidade das pesquisas realizadas pelo IBGE, fundamentais para a elaboração de políticas públicas no país.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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