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Compra de votos cresce no RS e já provoca 411 ações de cassação em 2024

A prática de compra de votos nas eleições municipais do Rio Grande do Sul tem gerado um aumento significativo de investigações e processos judiciais em 2024. Até o momento, 411 ações de cassação de eleitos tramitam na Justiça Eleitoral, representando um crescimento de 25% em relação ao pleito de 2020.


Promessas de dinheiro, combustível, atendimento médico e até animais para festas estão entre os relatos apurados pelo Ministério Público (MP), Polícia Federal (PF) e pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI). As investigações apontam políticos oferecendo vantagens em troca de votos, o que configura crime de captação ilícita de sufrágio, sujeito a pena de reclusão de até quatro anos, multa, cassação e inelegibilidade por oito anos.


Em municípios como Torres, Caraá e Veranópolis, casos emblemáticos expõem um cenário recorrente. Em Torres, o prefeito eleito Luciano Pinto (Republicanos) e seu cabo eleitoral Marcus Viana são investigados por suspeita de compra de votos via Pix, com valores de até R$ 100 transferidos a eleitores. Já em Caraá, o vereador mais votado, Fabiano Santos (Republicanos), é acusado de comprar votos com dinheiro e serviços de terraplenagem.


Em Veranópolis, o vice-prefeito eleito João Guilherme Mazetto (PSD) é suspeito de negociar votos por combustível, com o suposto apoio do coordenador de campanha. A Justiça Eleitoral avalia a cassação da chapa.


As denúncias refletem uma intensificação das operações da PF, com aumento no número de inquéritos, prisões e operações de combate à corrupção eleitoral. O promotor Rodrigo López Zilio destaca que, em casos de cassação de prefeitos, novas eleições devem ser convocadas, impactando diretamente a administração dos municípios.


Os envolvidos negam irregularidades e atribuem as acusações a disputas políticas. Enquanto isso, a Justiça e as autoridades seguem apurando os fatos, reforçando a vigilância sobre práticas que ameaçam a integridade do processo eleitoral no Estado.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: GZH

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