A China reduziu suas compras de soja em outubro de 2024, tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos, de acordo com o boletim mais recente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). As exportações brasileiras para o maior consumidor mundial de soja totalizaram 3,52 milhões de toneladas, uma queda de 28,14% em comparação ao mesmo mês de 2023. Esse declínio reflete a menor disponibilidade do grão no Brasil, causado pela quebra de safra em importantes estados produtores.
Nos Estados Unidos, a redução também foi significativa, embora menos acentuada. As exportações para a China somaram 2,42 milhões de toneladas, representando uma diminuição de 5,37% em relação a outubro do ano passado.
Apesar do cenário negativo em outubro, o acumulado de 2024 apresenta contrastes. Entre janeiro e outubro, o Brasil registrou um aumento de 3,50% nas exportações para a China, enquanto os Estados Unidos enfrentaram uma queda de 10,38%.
Para 2025, as projeções indicam que o Brasil pode intensificar suas exportações para a China, especialmente se as promessas de campanha do governo Trump se concretizarem. Em um cenário de escalada nas tensões comerciais entre os EUA e a China, o Brasil pode se consolidar novamente como o principal fornecedor de soja, seguindo o padrão observado entre 2018 e 2019.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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