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Bacia de Pelotas desponta como nova fronteira do petróleo no Brasil, aposta da ANP

A Bacia de Pelotas, situada na costa do Rio Grande do Sul, está sendo considerada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) como uma das áreas mais promissoras para exploração petrolífera no Brasil. Durante uma live realizada nesta quinta-feira (21) com o deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB-RS), o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, destacou o potencial geológico da região, que pode gerar até 15 bilhões de barris de petróleo, embora essas estimativas ainda dependam de confirmações obtidas por meio de perfurações. "É uma região muito promissora, com bons indicadores geológicos, mas a viabilidade econômica só será confirmada a partir de estudos mais aprofundados", afirmou.


A expectativa é reforçada pelo anúncio de que mais 75 blocos serão leiloados em breve, com a minuta do edital já enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU). O leilão, previsto para o primeiro semestre de 2025, será no modelo de oferta permanente, permitindo que qualquer empresa manifeste interesse. O diretor-geral destacou que, após a autorização do Ibama, os primeiros poços poderão ser perfurados, mas o intervalo entre essa fase inicial e o "primeiro óleo" é estimado em cerca de oito anos.

Além da Bacia de Pelotas, o Brasil também foca na Margem Equatorial como outra área estratégica, enquanto se prepara para o declínio natural da produção do pré-sal, previsto para 2030. Essa busca por novas reservas petrolíferas faz parte de um planejamento que visa garantir a segurança energética do país a longo prazo.


Os resultados do leilão realizado em dezembro de 2023 já demonstram o interesse internacional na região, com 44 blocos arrematados. Dois consórcios formados por Petrobras/Shell/CNOOC e Petrobras/Shell adquiriram 29 blocos, enquanto a Chevron arrematou outros 15. A semelhança geológica com o mar da Namíbia, onde foram identificadas reservas estimadas em 13 bilhões de barris, tem atraído grandes empresas para o litoral gaúcho, que se estende de Florianópolis (SC) até a divisa com o Uruguai.


O deputado Daniel Trzeciak enfatizou a importância de alinhar a exploração petrolífera com os desafios da transição energética, lembrando que o petróleo ainda ocupa um papel estratégico na economia global. Em 2023, o Brasil alcançou um recorde de produção média anual, com 4,344 milhões de barris de óleo e gás natural por dia, superando a marca histórica do ano anterior. A atividade exploratória na Bacia de Pelotas promete trazer benefícios econômicos significativos, incluindo a geração de empregos, o desenvolvimento da indústria local e a distribuição de royalties para os municípios beneficiados, reafirmando o potencial transformador dessa nova fronteira energética.


Fonte: Assessoria de imprensa Dep. Daniel Trzeciak

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